Como uma brisa que me levanta o cabelo e acaricia a cara. Arrefece-me a corrente inesgotável de pensamentos sem nexo que fluem pelas falhas do meu ser.
Preciso de sair daqui, sentir que há coisas intocáveis, compreender limites de forma prolongada e suave em vez de barreiras intransponíveis que me esmagam e diminuem, que me ensinam a não sonhar.
Já não sei ver, já não sei sentir, falta-me a descarga de adrenalina que não consigo provocar faça o que fizer.
Já não sei ser eu, estou despida de carácter. Sou uma máquina programada para falhar, num aspecto e nos outros todos também.
Estou tão errada quando não relaciono as coisas e não as aprecio, quando desprezo, quando ignoro que bocados não é o mesmo que o todo, quando penso que sou suficiente quando nunca o poderei ser.
Quando te amo não faz sentido, é tão desequilibrado que tu não compreendes a dimensão.
Quando não o faço também não faz sentido, se é que consigo fazer os dois com esta facilidade, se é que isto é amor, porque talvez não seja. Não é.
Sei pensar sim, mas não me apetece mais.
Parei.
terça-feira, 26 de junho de 2012
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