Porque nada faz sentido e ao mesmo tempo tudo o faz.
Porque a existência, a felicidade e o pensamento são paradoxos que caminham lado a lado, juntos para o mesmo fim.
São como acções reversíveis, que tentam sempre encontrar o equilíbrio para de novo voltar à constante que para nós está definida, constante sobre a qual temos muito pouco controlo e que apenas as acções podem mudar, mantendo-se inalterada com os pensamentos.
No fundo, tudo se rege pelas mesmas leis, e nós não somos diferentes, somos apenas matéria, que quando pressionada pelo meio envolvente cede, somos fragmentos de reflexões, à espera que a intuição nos indique o que fazer, seguindo um método, que nos dá a ilusão de encontrarmos respostas correctas onde apenas existem erradas.
Somos a conjunção entre o real e o imaginário, e por isso, muitas vezes, perdemo-nos na linha que os separa, correndo incansavelmente entre o extremo de um e do outro, onde o ritmo é marcado pelo bip do coração, e onde alternamos entre o passivo e o activo que é o resultado da função complexa que somos e exercemos.
E apesar de nos podermos prolongar até ao infinito, na memória e no saber, há sempre valores que nunca atingiremos.
E esse é o trago amargo com o qual teremos de viver sempre, através do controlo e irresponsabilidade sobre o qual nos assumimos, como alma, e como corpo.
quinta-feira, 8 de março de 2012
What do we think we are ?
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Com as memórias posso eu bem, o que me destrói são as acções.
ResponderExcluirEra esta a analogia de que me falavas? Ficou muito gira
«a conjunção entre o real e o imaginário» - mais certo era impossível!
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