quarta-feira, 31 de agosto de 2011

maybe

Olho e encontro um sentimento, uma cumplicidade diferente.
É estranho, e no entanto é bom, novo, desigual do que a vida já me tinha dado a conhecer. Não se compara, não se explica, apenas se sente: conforto, estabilidade e segurança; um aroma, um som, um sabor sempre presente; uma sequência de imagens felizes que não termina e não repete; uma proximidade que a distância não separa, uma confiança que o ciúme não quebra, uma saudade que o tempo não apaga.
Demasiado complexo para ser falado e inexplicável para ser escrito, é só o amor: o sentimento mais fácil de sentir e mais difícil de deixar, uma droga que se espalha pelo corpo, que consome e vicia, que controla o agir e o pensar, que mantém um sorriso nos lábios, um brilho nos olhos e um ritmo acelerado no coração.
Uma luz que ilumina o vazio, uma melodia que preenche o silêncio, um lugar novo mas familiar, uma chama fria que derrete a neve, uma felicidade partilhada, uma mão.
És tu, sou eu, um rio que brota do cume da montanha, fresco, forte, jovial, incansável em todo o seu leito. Um fio de água que se torna num oceano, que cresce, que supera tudo. Uma luz incandescente que não se apaga. Um ruído que não se extingue. Vida que não morre.
É o amor, puro desinteressado, primitivo. E nada mais importa.
É o amor.

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